Nas semanas que antecederam o Enem apresentou-se uma grande polêmica: alunos seriam sumariamente zerados em suas provas caso escrevessem algo contrário aos direitos humanos. Depois de uma batalha judicial entre o Ministério da Educação e a Escola sem partido, esta última ganhou e os estudantes se viram livre para escrever o que quisessem, sem censura prévia (pelo menos é o que a teoria diz).
É preciso, no entanto, entender o que subjaz a inciativa do Ministério da Educação. Enem e Direitos humanos se encaixam perfeitamente dentro do agudo momento que vivemos na sociedade de uma organizada engenharia social para controlar as crianças e jovens. Não quero dizer que o Enem seja em si ruim, pois, parece mesmo ser necessário para uma seleção de jovens preparados para dar continuidade em sua formação, para o seu bem pessoal e também da sociedade. Todavia, o Enem é uma ferramenta muito tentadora para que os revolucionários de plantão deixem de usar para os seus fins ideológicos.
E quem são estes revolucionários? São pessoas, em sua maioria da área de humanas, que foram doutrinadas segunda o marxismo. Mas não o marxismo puro, que prega a luta de classes e a tomada do poder pela revolução. Sim, estes revolucionários, que podemos chamar de esquerdistas, também creem na luta de classes e tem como objetivo a revolução. Mas sua estratégia é muito mais sutil. Eles querem atingir o objetivo (a revolução) por meio do controle mental das pessoas, fazendo uma lavagem cerebral de forma que as pessoas deixem seus valores morais, geralmente trazidos da família e da religião, e passem a assumir os contra valores da esquerda: fim da família, desvalorização da vida, rejeição dos valores judaico-cristãos em geral. E, é preciso dizer, estes esquerdistas estão em postos chaves da sociedade (cultura, polícia, movimentos sociais e universidades).
E o Enem se encaixa perfeitamente em sua estratégia de obrigar os estudantes a pensar e dizer o que eles querem, caso contrário, não entrarão na Universidade. E aqui entram os Direitos humanos. Os esquerdistas raptaram os Direitos humanos e estão dando-lhes um novo sentido. Direitos humanos são vistos por eles como oportunidade de implementar a revolução. Eles forçam “direitos” que não existem (“direito” ao aborto, por exemplo) e negam os direitos existentes (direito de expressão, por exemplo). Um dos autores brasileiros mais usados pelos esquerdistas neste país, Boaventura Souza Santos, claramente fala do uso dos direitos humanos como forma de “preencher o vazio deixado pelo socialismo”, concluindo que a versão dos direitos humanos da cultura “marxista deve ser adotada”.
Assim, entendemos que nossos estudantes, antes mesmo de entrarem na Universidade, estão sendo bombardeados com o politicamente correto (dizer o que só os esquerdistas querem ouvir) para que, quando adentrarem no ensino superior, tenham o seu processo de formatação concluído, para saírem da universidade negando a “família burguesa”, a “religião alienante” e a “sociedade ocidental opressora”.
Graças a Deus que nossos jovens não são tão facilmente conduzidos como rebanhos, como eles pensam. Não obstante tanta doutrinação por meio da mídia e mesmo nas salas de aulas, muitos questionam e não aceitam a doutrinação esquerdista. Daí por que, furiosos, os doutrinadores de plantão, que infestam o MEC, querem impedir o acesso destes jovens à Universidade, por meio da censura no Enem.