O dia 12 de julho de 2016 foi uma data marcante para a Nação brasileira. A TV Globo exibiu em uma novela a primeira relação sexual entre pessoas do mesmo sexo. Era obvio que teria que ser em uma novela, pois este é o meio usado por esta emissora para remodelar os valores do nosso povo e também porque a cena há muito é premeditada: há aproximadamente uma década cogitou-se um beijo gay, que aconteceu há poucos anos. Preparava-se o caminho para o ato sexual que, por sua vez, prepara o caminho para algo mais…
O algo mais é, nada mais nada menos, do que a total rejeição do modelo natural e judaico-cristão de família, que sempre modelou nossa Nação e todas as outras do mundo. Este é o modelo onde um homem e uma mulher se casam e formam uma família. Este modelo está contemplado em nosso ordenamento jurídico que, em nossa Constituição, assim define a família: “para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (Art 226, §3).
Mas, na verdade, o que a nossa Constituição faz é tão somente assegurar que o Estado reconheça e proteja algo que lhe é anterior. O Estado não criou a família, pois foi ela, como célula base da sociedade que, de certa forma o criou. Esta família, natural, hierárquica, promotora de virtudes e valores, não é aceita por um certo grupo em nossas sociedades. A família está sob árduo ataque, principalmente por meio da mídia. E o Estado nada faz para defende-la, quando também não se une no ataque… O ataque também vem da ONU que tem feito toda pressão possível para impor sobre os países uma ditadura gay.
Precisamos entender que toda ação neste campo está relacionada e é proposital. O ato sexual livre leva à consequente defesa de um “casamento” homossexual, a promoção do mesmo por parte do Estado e daí por diante.
O dia 12 de julho traz algo contrastante com a cena antinatural aqui comentada. Neste dia, para os católicos, celebrou-se, pela primeira vez, a memória litúrgica dos pais de Santa Terezinha do Menino Jesus: Zélia e Luiz Martin, o primeiro casal canonizado juntos (há muitos outros casais declarados como santos na Igreja…). No dia em que a promiscuidade é mais uma vez alardeada como modelo para milhões de brasileiros, a Igreja apresenta-nos a simplicidade de um casal santo, reafirmando o modelo natural de família. Aliás, é o que a Igreja recorrentemente diz:
“…quanto aos projetos de equiparação ao matrimônio das uniões entre pessoas homossexuais, que não existe fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, nem sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família. É “inaceitável que as Igrejas locais sofram pressões nesta matéria e que os organismos internacionais condicionem a ajuda financeira aos países pobres à introdução de leis que instituam o “matrimônio” entre pessoas do mesmo sexo” (Papa Francismo, Exortação Amoris Letitia).
Estamos no centro de uma batalha sem precedentes contra a família, cujas consequências já se apresentam: drogadição, violência, alta taxa de suicídio entre jovens, etc. A promoção de relações homossexuais serve diretamente ao propósito de diminuir o valor da família. Queira Deus que saibamos boicotar essas novelas, como forma de dizer não à cultura de morte que avança sobre nós.
Pe. Silvio, MIC