Curitiba, a cidade que se destacou no cenário nacional pela luta contra a corrupção, torna-se nestes dias (13-19 de julho) cenário para um encontro nada elogiável: trata-se do LACMA 2017. Como anunciado pelos próprios organizadores, “é um evento internacional promovido pela IFMSA em parceria com a ONG IPAS, a qual defende o direito a saúde reprodutiva feminina através do aborto seguro e métodos contraceptivos”.
O encontro está sendo apresentado por um Comitê de dentro da UFPR e acontece em um hotel da capital. Pelo seu público alvo – médicos e especialmente estudantes de medicina, que terão todo o evento pago (incluindo estadia no hotel, alimentação, etc) – fica fácil entender o real objetivo do encontro: passar aos estudantes da área a ideologia abortista, na esperança que estes se tornem futuros profissionais que eliminarão os bebezinhos.
IPAS
De fato, é conhecido dos estudiosos na luta contra o aborto a ação da ONG IPAS. Sediado na Carolina do Norte, com filiais em inúmeros países, inclusive no Brasil, o IPAS assessora clínicas de aborto e promove cursos para médicos em procedimentos de aborto em todo o mundo. No Brasil, o IPAS, em parceria com o governo federal, promove regularmente cursos sobre aborto na maioria das grandes maternidades e escolas de medicina.
Em 1991 o IPAS criou o conceito de “cuidados pós aborto” e, em 1993, juntamente com outras organizações, criou o Consórcio da Atenção Pós Aborto para educar os operadores da saúde em todo o mundo sobre as conseqüências do aborto inseguro e desenvolver os cuidados pós aborto como uma estratégia de saúde pública.
Na Segunda Conferência Internacional de Planejamento Familiar, realizado em 2011, em Dakar, a representante do IPAS declarou que os participantes da conferência reconheceram que
“existe um vínculo essencial entre o aborto e o planejamento familiar, e que está dentro do poder de ação dos provedores de programas de planejamento familiar assegurar que toda mulher que experimenta uma gravidez indesejada receba aconselhamento e, caso deseje interromper a gravidez, seja encaminhada a um serviço de aborto seguro, se possível, nas mesmas dependências”.
A estratégia é, portanto, bem clara: mascarar o assassinato de bebês indefesos sob o eufemismo de “saúde reprodutiva feminina” e “aborto seguro”, dizer que tudo isso é uma “política de saúde pública” e vender esta ideia aos futuros profissionais da área de saúde. Esta estratégia esta dentro de uma estratégia maior, que vem sendo colocada em ação no mundo e, especialmente na América Latina, há décadas: já que a população é contra o aborto e, por isso, sua discriminação e legalização não passa nestes países, que se force a prática do aborto fora da lei, como forma de forçar a mudança da lei.
Palestras
Nos dias em que os estudantes de medicina de diversos países estarão na Capital Curitibana eles ouvirão sobre aborto o tempo todo, pois as palestras são:
– saúde materna e novas perspectivas sobre o aborto
– direitos humanos e acesso ao aborto
– a busca pelo aborto seguro
– Profissionais que oferecem aborto
– conversando sobre o aborto
Claro que na ideologia abortista tudo isso é passado como preocupação com a mulher, mas não passa de uma falácia. O objetivo final é que importa: favorecer a legalização do aborto. A mulher é instrumentalizada para atingir este fim.
CRIME
Parece muito claro que tal prática pode ser tipificada como crime de apologia ao crime (art 287 do Código Penal), cujo teor indicado por juristas é enaltecer, realizar com afinco, engrandecer, glorificar, etc, um crime. Parece, no entanto, que os defensores do aborto estão certos da impunidade, pois não se preocupam com a possibilidade de ter que responder à Lei.
O QUE FAZER
- Qualquer cidadão pode entrar em uma delegacia de Curitiba com uma notícia crime.