Uma amiga me enviou uma mensagem para me dizer que naquele exato momento – um domingo à noite – o programa do SBT fazia uma sátira maliciosa sobre sacerdotes e religiosas e me perguntou, indignada, se isso era permitido e não se poderia fazer nada. Coincidentemente, na mesma hora que ela me falava deste fato eu respondia em um blog a uma pessoa que acusava a nós cristãos de fundamentalismo e ataque às minorias, exaltando os supostos avanços propostos pelos esquerdisas na área da família (leia-se “casamento” gay) e educação (leia-se ideologia de gênero).
Claro que, na teoria, o que foi feito no programa do SBT não é permitido, podendo talvez se configurar crime contra o sentimento religioso, como nos diz o Art. 208 do Código Penal:
“Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Essa minha amiga estava justamente indignada por isso: por ter o seu sentimento religioso ofendido, afinal, para ela, como para todos os católicos praticantes, a figura do padre e dos religiosos transmite o sagrado. Eles, os católicos, têm o direito constitucional de verem seu sentimento religioso respeitado.
Acontece que tais atos, ou outros piores, como as blasfêmias públicas contra objetos religiosos, a invasão de igrejas e outros semelhantes acontecem cada vez mais, sem nenhum tipo de punição, afinal de contas, os “pobrezinhos grupos perseguidos” (gayzistas, feministas, comunistas, abortistas, etc) não podem ser punidos, pois são tão coitadinhos… Esta pecha de “coitadinhos” foi muito bem trabalhada por eles, como algo a se alcançado. Uma vez reconhecidos como tal, eles tornam-se acima da lei, como crianças birrentas que tudo podem fazer, pois o politicamente correto diz que tais crianças não podem ser corrigidas.
Mas ai do cristão que ousar abrir a boca para falar contra o “politicamente correto”: “casamento” gay, adoção de crianças por parte de casais homossexuais, ideologia de gênero, etc… Fundamentalista! Preconceituoso! Homofóbico!
Na verdade, estamos sim vivendo em uma perseguição religiosa, mas bem outra daquela que querem ideologicamente nos convencer. A perseguição religiosa que avança cada dia mais chama-se CRISTOFOBIA (aversão aos cristãos). Não é uma novidade. Na verdade, o Império Romano, há dois mil anos, foi o primeiro a praticá-la. Perseguia os cristãos alegando diversos motivos: uma seita que comia carne humana, pessoas indispostas ao dever pátrio, etc. Mas, na realidade, os perseguidores sabiam da sua real motivação: os cristãos, por suas convicções e modo de vida, denunciavam, explícita ou implicitamente, os vícios pagãos. Isso era insuportável para quem queria ter uma consciência má.
“Cerquemos o justo: ele nos incomoda, opõe-se à nossa conduta, censura-nos por pecar contra a Lei e os acusa de trair nossa educação. Proclama que tem o conhecimento de Deus e chama a si mesmo filho do Senhor. Ele constitui para nós uma censura viva, sua simples vista nos irrita: sua vida difere da dos outros e singular é sua conduta. Ele nos tem na conta de degenerados e evita nossos caminhos como imundície. Proclama feliz a sorte final dos justos e vangloria-se de ter a Deus por pai. Vejamos se são verídicas suas palavras, observemos qual será o seu fim. Pois se o justo for filho de Deus, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos adversários. Provemo-lo com escárnios e torturas, para conhecermos sua brandura e experimentarmos sua paciência. Condenemo-lo à morte infame, pois, segundo afirma, será socorrido!” (Sab 2, 12-20)
Esta cristofobia não ficou perdia em eras passadas. Ao contrário, vemos o seu fortalecimento nos dias atuais. Os cristãos da Síria e de outros locais em que são minoria pagam com a vida. Nós, nos países ocidentais, pagamos com a ameaça, velada ou não, da perseguição, do ostracismo, da humilhação pública. Devido a isso, muitos políticos, de forma covarde, ainda que interiormente contrários em suas consciências, pactuam com certos grupos, para não terem sua imagem ferida pela crítica.
Não nos enganemos: o objetivo final dos grupos que se opõem aos nossos valores não é somente impor a sua ideologia, mas também eliminar a possibilidade de vivermos os nossos valores. Percebemos que, se tem um grupo perseguido culturalmente neste país, estes são os cristãos.
Pe. Silvio Roberto, MIC
Diretor da Casa Pró-Vida Mãe Imaculada
Ainda ontem eu participava de uma missa celebrada pelo Padre Reginaldo Manzotti no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe onde ele dizia que as perseguições que sofremos hoje, são mais notórias do que as sofridas no passado, porém as mesmas, a igreja sempre sofreu perseguições e Jesus nos alertou claramente sobre isso, no mundo terei tribulações, essas são as tribulações de hoje, nos atacam de todos os lados, porém naquela época não existia a internet. Hoje as informações e os ataques chegam da mesma forma, em tempo real, pela tv pela internet etc.
Interessante.