Há motivo para defender cores em relação a meninos e meninas? Há motivo para abolir este padrão? Para um lado e para o outro, a resposta é sim.
A ideologia de gênero é uma realidade. Determinados setores progressistas da sociedade (mídia, educadores, grupo LGBT, feministas) vem tentando impô-la sobre nós. Além da ação ampla, que visa atingir a todos os públicos e faixas etárias (via novelas, propagandas, indústria da moda), as crianças são o alvo principal e, para atingi-las, o meio privilegiado é o sistema educacional do país.
Para uma compreensão básica, é preciso saber que a ideologia de gênero apregoa a indefinição sexual das pessoas: não existiria um sexo definido para ninguém: qualquer um pode ser o que sentir-se, podendo inclusive mudar a qualquer momento: hoje a pessoa se define como homem, amanhã como mulher, depois de amanhã como transexual, depois como bissexual e assim por diante. Tudo com base em sentimentos e subjetivismo.
E quanto ao sexo biológico (o fato de homens nascerem com corpos e cromossomos masculinos e as mulheres com corpos e cromossomos femininos)? Isso não conta para os ideólogos. Geralmente eles são defensores da natureza, mas aqui a ideologia fala mais alto. O que é natural pode ser desconsiderado, pois o relativismo dita que cada um determina o que decide ser, sem levar em conta leis naturais.
Essa indefinição sexual ideológica é acompanhada, no entanto, de libertinagem e promiscuidade sexual, em um futuro estágio pós implementação da ideologia. As principais cabeças da ideologia de gênero (Shulamit Firestone, Judith Butler, Simone de Beauvoir) defendem o sexo livre (irresponsável), a sexualização precoce dos adolescentes (direito sexual) e até mesmo o incesto e a pedofilia.
Para ser coerente com seu discurso, precisam subverter as normas e costumes sociais. Cada vez mais a indústria da moda produz roupas unissex justamente para que homens e mulheres não sejam diferentes. O ideal, para os ideólogos, é a formação de uma geração sem identidade sexual, que irá acarretar na falta de identidade humana.
A partir do que foi dito acima se entende por que o alarde da mídia esquerdista pelo que a Ministra da Família – Damares – disse em relação a meninos vestirem azul e meninas rosa. A Ministra quer reforçar e resgatar padrões de masculino e feminino nas crianças. Padrões estes que estão vigentes há séculos na sociedade, por serem bons. Ela está certíssima ao fazê-lo. O ser humano precisa de padrões e convenções para ajustar-se em sua vivência pessoal e social. Claro que tais padrões não são absolutos, mas seguem a regra do bom senso, ou seja, não há problema algum de, em vez em quando, uma menina vestir azul e um homem vestir uma camiseta rosa. Mas, de forma geral, azul é sim um padrão de cor para homens e rosa para mulheres. Assim como carrinho é, em geral, brinquedo de menino e boneca é sempre brinquedo de menina.
Os ideólogos do gênero sabem que estão perdendo terreno com o novo governo e que tudo que eles investiram nos últimos 15 anos no Brasil está correndo risco de ser revertido. Por isso sua ferocidade hipócrita contra a Ministra.
No entanto, os pais cristãos percebem o momento especial que estamos vivendo, e não serão enganados pelos ideólogos. Mas toda atenção é necessária para com aqueles que querem gerar polêmica. Como me escreveu uma mãe:
“Estava vendo o discurso de posse da Ministra Damares Alves. Parece um sonho, mas graças a Deus é verdade e temos uma grande oportunidade de salvar as crianças, a mulher e a família dos globalistas. Ela falou tanto assunto importante e urgente que precisa ser resolvido no país… e as pessoas só se incomodaram com as cores. Pena que muitos não estão percebendo a oportunidade que temos.”
Pe. Silvio Roberto, MIC
Outros textos meus sobre esta temática:
http://acordaterradesantacruz.com.br/?p=462
http://acordaterradesantacruz.com.br/?p=509
http://acordaterradesantacruz.com.br/?p=691