Arquivo do Autor: Silvio Roberto

Somente Rock’n roll

100675_Skull-Rock-n-RollO Brasil está vivendo uma febre de rock’n roll. Por algumas semanas está passando por aqui uma das mais badaladas bandas deste gênero de música, os Rolling Stones. A mídia tem dado enorme cobertura para os shows e, assim, acendido o frenesi pela banda. Milhares de pessoas foram aos shows no Rio e em SP. Mas, ao fim das contas, It’s Only Rock ‘n Roll (é somente rock’n roll), certo?

It’s only Rock’n roll é o nome de um dos álbuns desta banda. Seria o rock apenas um gênero inofensivo de música, que serve para a diversão momentânea, ajudando seus ouvintes a suavizar as lutas do dia-a-dia? Infelizmente o rock está longe desta simplicidade e inocuidade.

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Guerra nas Estrelas e sua teologia subjacente

star wars                   Chegou ao Brasil mais um filme da séria Guerra nas Estrelas, que tem gerado uma grande ansiedade entre os seus fãs, perceptível nas postagens anteriores à estreia. Sei que há um público que se identifica muito com a série e, a princípio, não vejo mal nenhum nisto. Um amigo meu, americano, hoje sacerdote, quando seminarista nos colocou em uma sala escura, só para admirarmos a trilha sonora da série… para ele aquilo era o máximo; para mim e para os outros gerou a alegria de estar juntos em um momento de confraternização com um irmão de comunidade.

Porém, como nem tudo é simples passatempo na indústria da diversão,  é salutar um olhar crítico para a série. Limito-me aqui a uma breve observação sobre o último (e um dos poucos que me lembro) filmes que assisti da mesma:  Guerra nas Estrelas III – a vingança dos Sith. Continue lendo

Atentados na França: tentativa de compreensão cristã

O atentado na França, realizado há poucos dias, despertou uma série de perguntas, muitas ainda sem respostas. O texto que segue é uma tentativa de ajudar os cristãos a ter uma melhor compreensão do que está ocorrendo. Um dos principais questionamentos se refere à gênese ideológica dos atentados, ou seja, estaríamos diante de um embate entre religiões – mulçumanos versus cristãos – ou mesmo entre civilizações – oriente versus ocidente?

A situação toda é tão complexa que penso que não podemos reduzir a resposta a um “sim”, ou, “não”. Temos que considerar, ainda, que a resposta adequada a estas perguntas determina nosso posicionamento moral, a nível pessoal, e ações a serem tomadas na sequência, como sociedade.

Motivações

Os atentados na França são, antes de tudo, políticos. Devemos observar que diversos outros países, majoritariamente cristãos, mas com população mulçumana, como é o caso do Brasil, não sofrem atentados. Isto se deve ao fato do Brasil não estar envolto em uma guerra na Síria ou em algum outro país oriental e também porque o Brasil não esteve presente nos pactos e decisões que formaram a atual “colcha de retalhos” da geopolítica mundial, precipitada, principalmente, após a primeira guerra mundial. Nestas divisões, motivadas por interesses político/financeiros, populações foram arbitrariamente divididas ou misturadas, tanto no oriente como na África, gerando muita tensão. [1] Continue lendo

FINADOS: POR QUE REZAMOS PELOS MORTOS

FinadosA Igreja sempre rezou pelos falecidos. Já desde o seu início encontramos inscrições nas catacumbas, em túmulos dos cristãos, onde pessoas pedem orações pelos seus entes queridos. E o fazem pedindo a intercessão de São Pedro e São Paulo, que pouco antes haviam falecido. Orações como esta: “Paulo e Pedro, orai por Vitor”

A principal oração que desde o início os cristãos faziam pelos falecidos é a Santa Missa, que é o sacrifício de Cristo por nós. Aristides (ano 140 d.C.) dizia que “se chegar a morrer algum dos fiéis, saudai-o com a celebração da eucaristia e com a oração ao redor do seu cadáver”. São Cipriano (ano 258 d.C) refere-se à oferta do sacrifício eucarístico pelos defuntos como sendo praxe recebida de herança dos seus bispos antecessores.

Mas por que orar por eles? Continue lendo

Halloween: Iniciação das crianças no paganismo

halloween        Há algum tempo assistimos a crescente divulgação de uma festa estrangeira em nosso país, por meio principalmente das escolas: o halloween. Mas o que realmente é o halloween? É bom que os cristãos celebrem esta data?

Crenças distintas

O atual halloween é uma forma de sincretismo, ou seja, uma mistura de crenças. Os povos celtas, que habitavam a Escócia, Irlanda, Inglaterra e parte da França, celebravam, há 2 mil anos, o seu deus Samhain, o Senhor da morte. Segundo a sua lenda, no correpondente ao hoje dia 31/10, vésperas do início do inverno, este deus liberava os mortos para virem atormentar as pessoas. Também havia a crença que estes mortos estavam em busca dos corpos dos vivos, para possuirem-nos e voltarem “à vida” na terra. Continue lendo

A destruição moral das crianças

O plano de destruição moral das crianças avança firme e preocupante em nossa sociedade. Sabemos que os engenheiros sociais, que querem criar uma nova sociedade sem a moral cristã, têm como ponto estratégico a destruição moral das pessoas, na mais tenra idade possível, daí a importância que dão ao ataque às crianças.

As crianças e adolescentes da periferia, mas também de outros locais físicos e sociais, estão sendo seduzidos pelo funk, principalmente em sua vertente “ostentação”. É clara a “adultização” precoce dos jovens que, incitados pelas letras e melodias das “músicas”, passam logo a ver seus corpos como simples objeto de prazer. A busca da virtude, tão necessária para o bom desenvolvimento do SER pessoa, é substituída pela busca frenética do prazer e do TER.

Na última parada gay, em São Paulo, vimos uma criança apresentando-se na avenida como que tendo uma orientação sexual para o homossexualismo já definida, isso tudo com o apoio de seus “pais” (coloco entre aspas, pois pelo que sei foi adotada por uma dupla que vive relacionamento entre pessoas do mesmo sexo). Esta pobre criança não terá a opção real de se conhecer segundo a sua natureza; é-lhe imposto um modelo comportamental antinatural com profundas consequências para sua vida.

Nestes últimos dias o “global” Miguel Falabella quis colocar uma criança em sua peça teatral que versa sobre um gigolô. A criança foi proibida de atuar por um sensato juiz da vara da infância e juventude, Flávio Bretas Soares. Este foi duramente criticado: pela criança (como se esta tivesse experiência na vida para saber o que lhe é melhor neste ponto), pelo diretor, como já esperado, e por outros; tudo isso, claro, não faltando a palavra “censura” para descrever a ação do juiz.

Ao ler os exemplos acima, muito reais e atuais, temos que entender alguns pontos essenciais do que está acontecendo:

– a “adultização” e erotização das crianças não acontece por acaso; todo este processo é fruto de uma estratégia, como já tido no primeiro parágrafo, alimentado é claro, pela Mídia. Esta estratégia tem seu ponto alto na ideologia de gênero, uma nuvem negra que continuará pairando sobre nossas cabeças;

– pretende-se chegar, em algum tempo, na legalização do incesto, na prostituição infantil e na própria pedofilia em geral.

Claro que todos os que denunciarem isso, como este escritor ou o juiz citado, serão acusados de moralistas, homofóbicos, promotores da censura, etc. No entanto é urgente tomar a defesa dos mais prejudicados: as próprias crianças. Se não fizermos isso agora, adultos “quebrados” irão, no futuro, com justiça reclamar que não foram defendidos quando eram indefesos.

Pe. Silvio, MIC

Diretor da Casa Pró-Vida Mãe Imaculada

Pároco da Paróquia São Jorge – Curitiba, PR

A ideologia de gênero (resumida em pontos principais)

não à ideologia– estamos vivendo dentro de um plano orquestrado para a destruição da família;

Constituição Brasileira, Art 226, § 3º: Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

– ideologia de gênero: as pessoas se constroem sexualmente, são versáteis, podendo mudar de orientação sexual a qualquer momento; não existe homem e mulher;

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Charlie, Charlie você está aí?: Mais do mesmo

charlie

Há uma nova febre nas redes sociais, entre os jovens e adolescentes: a evocação de um suposto espírito, chamado Charlie, que responderia girando um lápis. Como o leitor já não tão jovem assim vai logo associar, esta “brincadeira” costumava ser feita em ambientes escolares no passado, juntamente com a “brincadeira do copo”. Em suma, são ações aparentemente inocentes, levadas pela curiosidade, onde um espírito é evocado, variando a “fé” dos participantes se o tal espírito existe ou não.

A primeira vista parece não passar de mais um modismo. Provavelmente quem tenha iniciado este jogo talvez não estivesse planejando nada além de algo divertido. Ainda assim, tudo isso não é algo tão simples e ingênuo e temos que ver isso de forma mais profunda.

Cultura do ocultismo

A humanidade sempre esteve envolta com o ocultismo e suas muitas formas de expressão (magia, adivinhação, feitiçaria, espiritismo, astrologia, etc). Vendo o perigo que seus filhos corriam, Deus precisou dizer-nos:

“Não vos dirigireis aos que evocam os espíritos, nem aos adivinhos; não os consultareis, para que não vos torneis contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” (Lev 19,31)

A evocação (ou seja, o chamado) dos mortos é algo muito sério e grave, que nunca deveria ser feito. Isto por dois motivos principais: 1)leva a pessoa a deixar Deus de lado, buscando apoio em superstições e 2) expõe ao perigo de abrir espaço para a ação do mal, ou seja, sermos “contaminados”. Para entendermos isso, precisamos ser iluminados por outro texto bíblico:“…o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz.” (II Cor 11,14).

O que São Paulo está nos dizendo é que o demônio pode se apresentar como alguém bom (um pai, uma mãe falecida), mas é ele quem está lá, enganando as pessoas. Aqui vale aquele ditado: “a curiosidade matou o gato”.

Vale lembrar que o espiritismo nasceu de uma mentira nos EUA em 1848: uma família com o sobrenome Fox disseminou a notícia de estarem comunicando-se com os mortos, que respondiam com golpes na mesa, quando solicitados. O pretenso contato da família Fox com os mortos espalhou-se pelo mundo, rendendo-lhes fama e dinheiro. No entanto, logo as filhas do casal vieram a público desmentir tudo, confessando que tudo não passava de uma mentira acompanhada de fanatismo.

Esta “brincadeira”, como dito, não é nova, mas, com o poder da internet, tende a ganhar nova força. Além disto, vemos os jovens serem alvo de um ataque ferrenho em nossos tempos: para eles foram escritos livros de ocultismo, como a série Harry Potter; para eles filmes como a série Crepúsculo são disseminados. Há uma indústria de engano dos jovens, que visa o lucro e também a destruição de sua fé cristã.

Real Problema espiritual?

Mas será que esta “brincadeira” tem mesmo a presença do demônio? Temos que tomar cuidado para não criar um clima de histeria sobre isso. O demônio, como diz Santo Agostinho, ” é um cão feroz, acorrentado. Faz muito barulho, late, rosna. Mas ele só morde se chegarmos perto” . A grande maioria das vezes que alguém evocar o “Charlie”, só vai ficar nisto: uma brincadeira sem nada de mais, a não ser alguém assoprando o papel ou empurrando a mesa, pra fazer medo.

Há ainda outro ponto a ser levado em conta: os jovens, adolescentes principalmente, ainda não sabem como lidar com certas circunstancias de tensão. Uma ação desta, em um grupo, pode desencadear momentos de histeria, medo, ainda que causada pelo sopro de um papel. Aqui não seria necessariamente algo espiritual, mas no campo emocional mesmo.

Todavia, ainda assim não é uma brincadeira inocente, pois pode levar alguns a aceitarem e evocação de mortos e, daí, da confiança em Deus para a magia, adivinhações, etc. No entanto, é possível sim que o inimigo, em alguns casos se manifeste. Além disto, algumas pessoas que estejam participando destas brincadeiras podem ter participado de outras formas mais graves de interação com o mal: bruxaria, magia negra, etc. Neste caso, o inimigo poderia sim se manifestar ali e até mesmo nas pessoas.

Brincar com evocação de espíritos não é de forma alguma algo simples, inocente e normal. Por isso a Igreja no orienta:

Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõem “descobrir” o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia (leitura das mãos), a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão (bolas de cristais)…” (cf.: Catecismo da Igreja Católica, nn. 2116 e 2117)

Momento para a reflexão

É verdade que o momento em que vivemos, no tocante à fé, é muito difícil; estamos sendo atacados por todos os lados, tentativas de nos afastar da fé que nos salva. Algumas coisas são bem “pesadas”, outras aparentemente inocentes; as últimas tendem a preparar o terreno para as primeiras. Mas é também um momento propício; propício para que os pais e catequistas falem com os jovens, aprofundando com eles a real fé e o perigo do ocultismo.  Uma oportunidade para a evangelização.

Que o Senhor e a Mãe Santíssima nos deem a graça de sermos protegidos em nossa vida espiritual!

São Miguel, rogai por nós!

Pe. Silvio, MIC

P.S.: para maior aprofundamento sobre a questão espiritual e os perigos que nos cercam, sugiro a leitura do meu livro: LIBERTOS PELA MISERICÓRDIA DE DEUS (http://misericordia.org.br/loja/produto/libertos-pela-misericordia-de-deus/)

 

Análise da Trilogia o Senhor dos Anéis

 

amigos Somente hoje (27/04/15) terminei de assistir a trilogia “O Senhor dos Anéis”, quase 15 anos depois do lançamento da série. Eu tenho esta “mania” de muitas vezes não assistir o que está muito na moda; um pouco também da minha desconfiança para com esta trilogia: não seria mais um filme sobre magia, levando as pessoas ao erro? Eu não perderia o meu tempo com isso. No entanto, foi muito da minha ignorância. Ignorância antes de mais nada quanto ao autor dos livros que baseiam os filmes:  J. R.R. Tolkien.

Tolkien foi um escritor convertido ao catolicismo. Seus escritos estão plenos de pontos de nossa fé católica, ainda que sob o manto da imaginação de uma história épica e irreal em um reino inexistente.  (Para saber mais sobre ele, recomendo esta leitura: http://martimvasques.blogspot.com.br/2015/01/elegia-para-o-fim-de-um-mundo.html#comment-form).

E também este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=eVjl-7HzUZg&t=2976s

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Uma sexta-feira 13 para as famílias do Brasil

ideologia de genero

Embora nós cristãos não acreditamos (pelo menos não deveríamos acreditar!) em superstições e qualquer determinismo do destino, podemos dizer que esta sexta-feira 13 (março 2015) trouxe uma notícia tenebrosa para o pais, principalmente para os jovens e as famílias. Fomos surpreendidos com a resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos LGBT que demanda entre outros, o uso dos banheiros das escolas e universidades segundo o “gênero” de cada um.

Esta resolução, que saiu no Diário Oficinal da União (n. 48, seção 1, pag 3) é gravíssima e é a consequência da ideologia de gênero que está sendo implantada de forma ditatorial em nosso país!

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