A inversão de valores na sociedade e a Escola de Frankfurt

certoNo século XIX Karl Marx iniciou as grandes ideias para uma revolução comunista. Em 1917 esta revolução teve seu primeiro ato na Rússia. Nos anos seguintes, milhões de pessoas morreram, principalmente de fome e sob tortura nos campos de concentração (Gulags) idealizados pelo famigerado Stalin.

Marx também havia “profetizado’ que o capitalismo iria à bancarrota por si mesmo. Ao contrário de sua falsa profecia, a vida das pessoas estava melhorando. Então, inspirados inicialmente pelo marxista karl korsch (década de 20), outros pensadores da esquerda perceberam que a revolução não poderia se sustentar pela força. Seria preciso uma ação programada na sociedade.

Surge assim a Escola de Frankfurt, na Alemanha, que busca revolucionar as ideias, com uma teoria crítica. O filósofo Hegel, no século XVIII, já havia mostrado que o domínio se dá pelas ideias. Os pensadores da escola de Frankfurt foram hegelianos, embora com o desejo revolucionário de Marx.
Teoria crítica

A teoria crítica visa desconstruir toda a cultura ocidental que, para os ideólogos esquerdistas da Escola de Frankfurt, é uma cultura burguesa, com ideias que mantém as pessoas alienadas. Assim, os conceitos que temos de família, vida, valores em geral estão todos errados e precisam ser criticados e, enfim, destruídos e substituídos pelos conceitos da esquerda.

Mas os esquerdistas não estão sozinhos nesta missão. Eles se uniram aos metacapitalistas – grupo de bilionários que, por interesse e poder querem ditar a conduta da sociedade – nesta empreitada (há um outro texto, aqui neste blog, onde explico melhor isso ao falar da Engenharia social).

Principais vozes da Escola de Frankfurt e suas ideias

Max Horkheimer

Ele combate a ideia de autoridade que nasce na família. A criança desde cedo, pela própria estrutura da família, é doutrinada a obedecer, o que ela repetirá na sociedade, mantendo o sistema econômico opressor. Assim, todas as revoluções sempre derrubam uma autoridade, mas daí vem uma outra autoridade maior. Isto porque permanece nas pessoas a busca da autoridade, que deve, portanto, ser destruída.  Por  isso, para que as revoluções funcionem, deve-se destruir a família.

Herbert Marcuse

O sexo tem que ser liberal, porque não é para gerar, mas para gratificar. Suas ideias estão na base da revolução sexual.

Adorno

Criou uma escala para definir as pessoas. Toda pessoa com valores é um ser perigoso, que está na “escala F”, dos fascistas, que precisa de tratamento.

Consequências

Precisamos entender que as ideias destes pensadores são majoritárias nas universidades, inclusive nas católicas. Assim, as maiores vítimas são os jovens, que têm suas mentes deturpadas quanto aos valores de certo e errado. O desconstrutivismo, presente na educação, na mídia, na cultura, diz para o jovem que nada foi certo no passado (em sua família, em seu país; o descobrimento do Brasil foi uma invasão, etc). Fala-se em criar um jovem crítico dos valores vigentes até então, que são os valores cristãos (Deus, vida eterna, família, casamento, obediência, autoridade, hierarquia, etc).

Essa rejeição da verdade e do passado, gera um jovem perdido e é justamente isto que eles querem. Por exemplo, um certo texto da área de pedagogia apresenta como objetivo da educação: “Trabalhar o cotidiano, pedagogia de indignação ‘expressa através do sentimento de rebeldia’. Superar a tendência a insensibilidade, passividade e a impotência.”

Quanto mais uma sociedade for cética, niilista e anárquica, mais favorece a revolução (foi o que aconteceu na Rússia, em 1917, pois assim eram as ideias de grande parte da “inteligência” daquele país). Muitos dos jovens que são conduzidos à indignação quanto ao passado e o presente não tem bases sólidas (família desestruturadas, ausência paterna, etc) e não veem esperança para o futuro, caindo em profunda crise de sentido para a vida, que resulta em violência, rejeição do trabalho e suicídio.

Pe. Silvio Roberto, MIC

Deixe um comentário