Arquivo mensais:novembro 2015

Atentados na França: tentativa de compreensão cristã

O atentado na França, realizado há poucos dias, despertou uma série de perguntas, muitas ainda sem respostas. O texto que segue é uma tentativa de ajudar os cristãos a ter uma melhor compreensão do que está ocorrendo. Um dos principais questionamentos se refere à gênese ideológica dos atentados, ou seja, estaríamos diante de um embate entre religiões – mulçumanos versus cristãos – ou mesmo entre civilizações – oriente versus ocidente?

A situação toda é tão complexa que penso que não podemos reduzir a resposta a um “sim”, ou, “não”. Temos que considerar, ainda, que a resposta adequada a estas perguntas determina nosso posicionamento moral, a nível pessoal, e ações a serem tomadas na sequência, como sociedade.

Motivações

Os atentados na França são, antes de tudo, políticos. Devemos observar que diversos outros países, majoritariamente cristãos, mas com população mulçumana, como é o caso do Brasil, não sofrem atentados. Isto se deve ao fato do Brasil não estar envolto em uma guerra na Síria ou em algum outro país oriental e também porque o Brasil não esteve presente nos pactos e decisões que formaram a atual “colcha de retalhos” da geopolítica mundial, precipitada, principalmente, após a primeira guerra mundial. Nestas divisões, motivadas por interesses político/financeiros, populações foram arbitrariamente divididas ou misturadas, tanto no oriente como na África, gerando muita tensão. [1] Continue lendo

FINADOS: POR QUE REZAMOS PELOS MORTOS

FinadosA Igreja sempre rezou pelos falecidos. Já desde o seu início encontramos inscrições nas catacumbas, em túmulos dos cristãos, onde pessoas pedem orações pelos seus entes queridos. E o fazem pedindo a intercessão de São Pedro e São Paulo, que pouco antes haviam falecido. Orações como esta: “Paulo e Pedro, orai por Vitor”

A principal oração que desde o início os cristãos faziam pelos falecidos é a Santa Missa, que é o sacrifício de Cristo por nós. Aristides (ano 140 d.C.) dizia que “se chegar a morrer algum dos fiéis, saudai-o com a celebração da eucaristia e com a oração ao redor do seu cadáver”. São Cipriano (ano 258 d.C) refere-se à oferta do sacrifício eucarístico pelos defuntos como sendo praxe recebida de herança dos seus bispos antecessores.

Mas por que orar por eles? Continue lendo